Coronavírus, dólar e intervencoes do BC : o que acompanhar na próxima semana

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SÃO PAULO – Após uma semana de leve recuperação no mercado, com o Ibovespa subindo e o dólar caindo, os próximos dias serão focados no monitoramento de duas frente. Lá fora, o coronavírus na China será foco após revisão de metologia levar a um aumento dos casos registrados. No cenário doméstico, o câmbio chama atenção após chegar a R$ 4,38 nos últimos pregões.

Na sexta, o dólar comercial caiu contra o real após o Banco Central colocar 20.000 contratos de swap cambial, na segunda atuação seguida com o instrumento. Tudo isso, porém, veio após o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmar que está tranquilo com a alta da moeda, mesma linha seguida pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Agora, analistas e investidores tentam entender as intenções da autoridade monetária. Campos Neto ressaltou na última semana que o BC está atento e só irá atuar quando enxergar distorções no mercado. Mesmo assim, interviu duas vezes seguidas, o que pode indicar um desconforto com o patamar que a moeda estava atingindo.

Entre os indicadores, atenção especial para a inflação medida pelo IPCA-15 de fevereiro, que será publicado na quinta-feira (20). O dado ganhou mais importância após o IBC-Br divulgado sexta reforçar a avaliação de uma retomada tímida do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

A semana conta ainda com outros números de inflação, como IPC-S, IPC-Fipe e IGP-M. Indicadores de conta corrente e de investimento direto em janeiro estão no radar e voltam a ser motivo de preocupação para alguns analistas.

No campo corporativo, a temporada de resultados do quarto trimestre de 2019 ganha força com cerca de 30 balanços, em especial a Petrobras (PETR3PETR4), Vale (VALE3) e Magazine Luiza (MGLU3). Na segunda-feira (17) ocorre ainda a estreia das ações da Priner na Bolsa.

Agenda no exterior

No mercado internacional, atenção especial a evolução do coronavírus após uma mudança na metologia elevar rapidamente o número de infectados e levantar questionamentos sobre a transparência que o governo chinês está informando as atualizações.

Mesmo assim, o mercado segue acreditando que a China conseguirá superar o desafio da doença e não sofrer tantos impactos econômicos. Pequim refutou críticas e ainda disse que especialistas americanos são bem-vindos para participar de uma missão internacional para estudar o surto.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a agenda é mais recheada, com os números de PMIs, Empire Manufacturing, PPI e a ata do Fomc, que pode trazer mais indicações sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação aos juros no país.

Além disso, vários dirigentes do Fed fazem discurso, entre eles Richard Clarida (vice-chairman), Lael Brainard (Conselho de Governadores) e Neel Kashkari (presidente do Fed de Minneapolis). Vale destacar que na segunda-feira a bolsa americana ficará fechada por conta do feriado de Dia do Presidente.

Fonte: InfoMoney e Intelprise

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