Bolsa tem desempenho errático, enquanto o câmbio reflete novos leilões de swap cambial realizados pelo Banco Central
SÃO PAULO – O Ibovespa vira para queda nesta sexta-feira (14) apesar do desempenho positivo das bolsas internacionais após a Comissão Nacional de Saúde chinesa reduzir o número de mortos pelo coronavírus em 108 por “dupla contagem” na província de Hubei, epicentro da epidemia.
Apesar da revisão nos dados do contágio sobre o coronavírus, o número de atingidos pelo surto superou 65 mil pessoas, com mais de 1.300 mortes.
Já por aqui, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou queda de 0,27% em dezembro na comparação mensal. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes). Em 2019, a atividade subiu 0,89%.
A estimativa mediana em pesquisa Bloomberg era de queda de 0,30% na comparação mensal. A alta de 0,18% na medição anterior foi revisada para -0,11%. No comparativo anual, índice de atividade do BC subiu 1,28%, ante estimativa de +1,3% e dado anterior revisado de +1,10% para +0,76%.
Às 12h10 (horário de Brasília), o índice registrava baixa de 0,72%, a 114.731 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial cai 0,62% a R$ 4,3078 na compra e a R$ 4,3088 na venda. O dólar futuro com vencimento em março tem queda de 1,03%, para R$ 4,308.
Hoje, o BC colocou todos os 20.000 contratos de swap cambial (o equivalente à venda de dólares no mercado futuro) ofertados, no segundo dia de intervenção no câmbio. Ontem, o BC atuou com swaps pela primeira vez no ano, após o dólar bater novo recorde e superar R$ 4,38 com retomada da tensão com coronavírus e após ministro Guedes dizer que câmbio alto é bom para a economia.
Já os contratos de juros futuros registram baixa, também repercutindo os dados da economia brasileira. O contrato com vencimento em janeiro de 2022 registra perdas de seis pontos-base, a 4,76%, enquanto o de vencimento em janeiro de 2023 recua sete pontos-base, a 5,33%, seguido pela queda de cinco pontos-base do vencimento em janeiro de 2025, a 6,02%.
Noticiário corporativo
A construtora e incorporadora JHSF (JHSF3) publicou balanço na noite de ontem e reportou um crescimento de 197% no lucro líquido do quarto trimestre de 2019, para R$ 211 milhões. No fechamento de 2019, a JHSF informou que o lucro líquido foi de 326,7 milhões, um crescimento de 508,5% sobre 2018.
A Grendene (GRND3) também publicou balanço na noite de ontem. A fabricante de calçados informou um lucro líquido de R$ 215,2 milhões no quarto trimestre de 2019, uma queda de 14,4% sobre igual período do ano anterior.
Já o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), afirmou que nenhum barril de petróleo deixou de ser produzido por conta da greve, após a ANP alertar para risco de abastecimento.
(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg e Intelprise)